No roteiro de AmarElo – É tudo pra ontem, show de 2019 que gerou documentário em 2020 e álbum ao vivo em 2021, Emicida celebrou o próprio triunfo sem deixar de evidenciar a nobre linhagem negra da música brasileira que, a partir dos anos 1980, desembocou no rap.
Por isso mesmo, o discurso de São Pixinguinha – single gravado pelo artista brasileiro para o projeto alemão Colors + Studios e lançado no dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba – soa coerente com a ideologia do rapper paulistano.
Na cadência de samba suave, Emicida celebra nos versos de São Pixinguinha a divindade de Alfredo da Rocha Vianna Filho, compositor, saxofonista, flautista e maestro carioca imortalizado como Pixinguinha por conta de obra que é uma das bases sólidas sobre a qual está assentada a música popular do Brasil.
Na letra do samba, Emicida se imagina no céu, tocando para plateia de seres iluminados que reverenciam Pixinguinha.
No meio dos versos, o rapper roga a Pixinguinha que receba bem o exponencial maestro baiano Letieres Leite, morto em outubro.
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