Dois dias antes de Luísa Sonza se mostrar vulnerável em Doce 22, álbum apresentado no dia 18 de julho, Linn da Quebrada também revelou fragilidades ao disparar míssil confessional nos aplicativos de música.
Em rotação desde o dia 16 de julho, o segundo álbum de Linn, Trava línguas, flagra a artista paulistana em processo de questionamento, emergindo do fundo do poço para a “profundidade do posso”, como poetiza a intérprete em verso cantado sobre a batida eletrônica de Onde, uma das 11 músicas do disco orquestrado sob direção artística da própria Linn da Quebrada.
A propósito, na narrativa sonora de Trava línguas, Linn caminha em direção diferente do álbum antecessor Pajubá (2017), grito inicial de resistência da artista em mundo que oprime travestis e transexuais.
Harmonizados pela direção musical de BadSista, feita com a colaboração da percussionista Dominique Vieira, o discurso e o som de Linn da Quebrada estão mais brandos em Trava línguas.