Com assertividade, Ludmilla vem há três anos investindo na carreira de sambista.
Talvez ela nem pense assim, mas funk é gênero passageiro, precisa de rebolado, de explorar a sensualidade, de conquistar o público “lacrando” com palavrões e atitudes. E um dia a bunda cai, a audiência se cansa e inevitavelmente perde-se prestígio. Mas com o samba, o mais tradicional gênero brasileiro, é muito diferente.
Tem muita gente que gosta de dançar (as coreografias são mais suaves, menos apelativas) mas também há quem apenas queira ouvir e apreciar, sobretudo quando a canção é bem interpretada.
Há poucas novidades femininas no mundo do samba. E Ludmilla certamente é a melhor delas.
Por tudo isso, seu show “Numanice”, no qual ela canta sucessos do samba (próprios e de terceiros) tem lotado os espaços por onde passa.
O show, vale dizer, é baseado no projeto discográfico que já teve dois audiovisuais lançados, e ganhou no ano passado o Latin GRAMMY na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode.