Não é difícil perceber o quanto o Quilombo da Diversidade (no bom sentido) destoa diametralmente do ambiente asséptico e protocolar da Assembleia Legislativa de São Paulo – inclusive por ser o primeiro gabinete a ter nome.
Fotos, pôsteres e frases nas paredes reafirmam as pautas da deputada Leci Brandão, recém-reeleita.
Em que pese o ativismo em seu mandato, é a própria cantora quem clama: está com saudade dos palcos. E do estúdio: prestes a iniciar as gravações do 26.º esforço solo de uma carreira que já caminha para as cinco décadas, a volta à música coincide com o lançamento de A Filha da Dona Lecy: A Trajetória de Leci Brandão (Editora Gota), da escritora Fernanda Kalianny Martins Sousa, obra que repassa a trajetória da artista pela ótica de suas composições.
O tempero, ela revela, virá de novas parcerias com rappers, ao estilo de Sou Negrão, hit a duas vozes com Rappin’ Hood.
“Será algo na linha samba-rap. Acho o rap fundamental. Me fascina esse raio X do povo que os rappers fazem em suas letras”, afirma.
Entre os candidatos da vez, o niteroiense MC Marechal, ex-grupo Quinto Andar.